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A mostrar mensagens de fevereiro, 2022

Quejandos internacionais

A posição ocidental O Ocidente critica (e bem) estas acções beligerantes russas. Relembram a Geórgia (2008), Grozny (2000), a ocupação da Crimeia (2014), o apoio a Assad na guerra civil síria (apesar de se esquecerem que agiram a pedido do governo), sucessivos ciberataques à Europa de Leste e aos EUA (desde 2008), o envenenamento de Litvinenko e Navalny, o apoio a Lukashenko e a Nazarbayev a reprimir manifestantes na Bielorrússia e Cazaquistão, respectivamente, a detenção/assassinato de opositores políticos e a manipulação do referendo do Brexit e das presidenciais dos EUA em 2016. Todas estas atitudes repressivas e belicistas levaram a que fosse fácil tratar a pseudo-democracia russa como uma ditadura.  O estabelecimento do BRICS e da Organização do Tratado de Xangai constituíram uma ameaça séria ao mundo unipolar pós-colapso soviético liderado pelos EUA e apoiado pelos "yes men" da UE, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Israel e o seu bloco militar NAT

A beligerância que todos querem

  Parece que finalmente o Ocidente tem o que queria: um pretexto para as sanções e o uso da Ucrânia como matadouro. E a Rússia aguenta os ultranacionalistas dentro do país e nos separatistas de Donetsk e Lugansk. Porque chegámos a este ponto? Porque é que desde 2014 a diplomacia falhou redondamente? O prelúdio Como é sabido, a dissolução da URSS no Natal de 1991 levou à criação de 15 países, ficando a Rússia como sucessora desse país, surgindo posteriormente conflitos em antigas RSS Autónomas, como a Transnistria e Gagaúzia na Moldávia, a Abecásia e Ossétia do Sul na Geórgia, o Alto Carabaque no Azerbaijão e a Chechénia na Rússia. Destes territórios, só a Gagaúzia conseguiu um estatuto autónomo e a Chechénia foi reanexada após dois conflitos com islamitas.  Mas recuemos mais um pouco no tempo. A URSS ainda existe, Portugal e Espanha vivem em regimes fascistas. Khrushchev governa a União Soviética e decreta a transferência do oblast da Crimeia (outrora RSS Autónoma até 1945, retomando o