A morte do Twitter
Elon Musk conseguiu aquilo que queria
Como a sanguessuga que é, o herdeiro das minas de esmeraldas do apartheid conseguiu destruir num ano uma das redes sociais mais importantes do planeta. Como?
Bem, para comprar a rede social preferiu gastar mais do que as avaliações de mercado, colocando como "collateral" a sua participação na Tesla Motors. A seguir despediu muitos dos trabalhadores que mantinham aquilo funcional, provocando os colapsos de Fevereiro, Março e agora Julho deste ano.
Posteriormente seguiu-se o retorno das contas banidas e a promoção de charlatães das criptomoedas (como ele), fascistas e neonazis. Depois a destruição do sistema de selos (azuis, dourados e os novos) em prol dum sistema pago de 8 dólares nos States (originalmente era mais mas o Stephen King considerou absurdo), retirou todos os outros selos preexistentes e forçar a subscrição paga, destruindo a credibilidade de muitos.
Não pagou a renda da sede em S. Francisco, retirou os acessos gratuitos de aplicações terceiras, forçando a que passassem a ser pagos, e a querer mais dinheiro pela publicidade, algo que forçou o êxodo de algumas empresas e utilizadores para redes sociais alternativas, como o Mastodon.
Agora criou limitações da quantidade de tweets que um utilizador pode ver com a desculpa de supostos "acessos a dados", relembrando a tanga da condição para a aquisição da empresa sobre a fiscalização de bots (que piorou infinitamente depois de comprar).
Porque é que um tipo mesquinho com demasiado dinheiro se vingou do Twitter?
Há 3 hipóteses: os jornalistas que descobriram os podres dele e das empresas dele eram particularmente activos no Twitter; a protecção dos criptofanáticos neoliberais e outros tipos de extrema-direita como ele (de certa maneira é o culto online que criou à volta do seu "génio") das críticas justificadas (e numa menor escala, do trolling) que muita gente fazia lá; e o combate à desinformação que o Twitter (duma forma muito tardia) começou a praticar durante o trumpismo.
O que fazer?
Bem, só é possível um êxodo massivo para outras redes, como o Mastodon e, ainda em fase de testes, o Bluesky, ambos relativamente semelhantes ao Twitter da era pré-Musk, sendo o Mastodon uma confederação de servidores e o Bluesky tem o envolvimento dum dos fundadores do Twitter (Jack Dorsey).
Posto isto, estou aqui, no Mastodon (@MargemSultejano@masto.pt) e à espera do convite da Bluesky para criar conta. Passarei a estar muito pouco activo no Twitter.
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