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Declaração da Fundação da Frente Popular de Libertação da Palestina (1967)

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Povo da nação árabe! Povo da Palestina! Há cinquenta anos, as massas do nosso povo enfrentaram uma série contínua de ataques pelo Sionismo e colonialismo sobre o povo desta nação, e o nosso direito à liberdade e à vida. Cinquenta anos depois e as forças globais do Sionismo e imperialismo continuam a planear golpes, ataques e guerras para estabelecer a ideia duma entidade – o Estado de Israel. Cada dia desta era histórica, as massas do povo estão a lutar contra cada um destes planos. Vimos através dos anos da vida do nosso povo Palestiniano, uma continuação desta luta através de levantamentos e revoltas, cristalizando no último período no trabalho de comandos praticado pelas vanguardas do povo com base na recusa total da submissão, rendição e cedência, e outras formas e métodos de acção política. Este avanço também representou a determinação das massas do povo Palestiniano para tomar a iniciativa de abrir caminho à emancipação total, que é simultaneamente a responsabilidade de toda

A morte do Twitter

  Elon Musk conseguiu aquilo que queria Como a sanguessuga que é, o herdeiro das minas de esmeraldas do apartheid conseguiu destruir num ano uma das redes sociais mais importantes do planeta. Como? Bem, para comprar a rede social preferiu gastar mais do que as avaliações de mercado, colocando como "collateral" a sua participação na Tesla Motors. A seguir despediu muitos dos trabalhadores que mantinham aquilo funcional, provocando os colapsos de Fevereiro, Março e agora Julho deste ano.  Posteriormente seguiu-se o retorno das contas banidas e a promoção de charlatães das criptomoedas (como ele), fascistas e neonazis. Depois a destruição do sistema de selos (azuis, dourados e os novos) em prol dum sistema pago de 8 dólares nos States (originalmente era mais mas o Stephen King considerou absurdo), retirou todos os outros selos preexistentes e forçar a subscrição paga, destruindo a credibilidade de muitos.  Não pagou a renda da sede em S. Francisco, retirou os acessos gratuitos d

Nada interessa, o abismo aproxima-se

Este ano está a ser excelente para demonstrar que nada interessa. Quase uma centena de palestinianos foram assassinados por Israel desde o início do ano, mas o que choca é um tiranete querer ficar no poder em Israel. De todas as atrocidades cometidas por Israel, Turquia, Azerbaijão. Arábia Saudita, Birmânia, Índia ou Etiópia só num espaço de uma década , nenhum dos seus líderes acaba com um mandato de captura emitido pelo TPI como aconteceu hoje com Putin e a sua invasão da Ucrânia (mas não é a de 2014, é a do ano passado!).  O custo de vida aumenta constantemente e o que propõe o governo? Um programa de subsidiação de senhorios, facilitações de despejo, uso da Autoridade Tributária para penhorar rendas devidas, expropriação de imóveis devolutos, fim dos vistos gold e limitação do alojamento local (a que os habituais direitolos berram tratar-se dum "PREC da habitação"), selos de preço justo e um "observatório de preços" (enquanto os direitolos e as grandes superfíci

2022, recap

  Este ano foi marcado por vários eventos: o início da segunda fase da Guerra Russo-Ucraniana (cuja primeira fase começou em 2014 com a anexação da Crimeia e a implantação das "repúblicas populares" pró-russas nos oblasts ucranianos de Donetsk e Luhansk) a 24/2, o reforço do regime talibã no Afeganistão, a crise política do Irão após o homicídio da curdo-iraniana Jina Mahsa Amini pela polícia moral, a morte de Gorbachev, Isabel II, Pelé, Bento XVI, Vivienne Westwood, entre outras figuras; a continuação dos genocídios na Palestina (por parte do regime sionista cada vez mais fascista), no Curdistão (por parte do fascismo neo-otomano e da teocracia persa), no Sahara Ocidental (por parte de Marrocos), em Hazarajat (por parte dos talibãs pashtun), na Papua Ocidental (por parte do regime indonésio), no Iémen (por parte da teocracia absoluta saudita e dos Emirados absolutistas), em Tigray (por parte do regime protofascista da Eritreia e do etnocentrista Nobel da Paz™ etíope), em Art

Hipocrisias

  O Mundial no Catar começou. Vou ignorar completamente algo que branqueia as atrocidades da tirania absoluta pró-Ocidente e os actos performativos de pseudo-protestos. Todos nós sabemos o quanto as confederações continentais de futebol, as federações nacionais e a FIFA se estão a ralar para os direitos humanos. Correram com a Rússia após a segunda invasão da Ucrânia mas não fazem nada em relação a Israel, Marrocos, Camarões, Brasil, Irão, literalmente qualquer monarquia árabe, Egipto, Birmânia, Sudão, EUA, Tailândia, Paquistão, Índia, etc. Mas isto não é um exclusivo do futebol. Verdade seja dita e infelizmente, os direitos humanos são largamente letra morta em declarações, tratados ou convenções por muito abrangentes que possam ser a nível geográfico ou jurídico (só se safam as ONG que defendem, mas que não têm poder real). Logo quando se firmou a Declaração Universal que se destacava a hipocrisia dentre os signatários. Das potências colonizadoras como o Reino Unido e a França aos EU

Fenómenos interessantes

  Com a terceira fase da invasão russa da Ucrânia (precedida pela invasão e anexação da Crimeia, primeira fase, e o conflito de "baixa intensidade" no Donbass, a segunda, ambas iniciadas em 2014) em curso, temos assistido a alguns fenómenos interessantes. Os Factores do conflito A invasão tem vários factores que levaram à situação actual, sendo a principal a imagem interna do regime putinista na repressão, há cada vez menos medo e a propaganda tem perdido eficácia. Outros factores, muitíssimo menores, são a demonstração de força externa para além dos desfiles militares do dia da Vitória e da Revolução de Outubro, sanções externas, a crença do cerco da NATO (a adesão ucraniana é impossível dado a situação dos territórios disputados desde 2014, tal como o Chipre desde a invasão turca de 1974) e da redução da esfera de influência regional russa com uma possível adesão ucraniana à UE (provável, mas seria um processo lento, tem sido recusado o processo de adesão desde 2004 por par

Quejandos internacionais

A posição ocidental O Ocidente critica (e bem) estas acções beligerantes russas. Relembram a Geórgia (2008), Grozny (2000), a ocupação da Crimeia (2014), o apoio a Assad na guerra civil síria (apesar de se esquecerem que agiram a pedido do governo), sucessivos ciberataques à Europa de Leste e aos EUA (desde 2008), o envenenamento de Litvinenko e Navalny, o apoio a Lukashenko e a Nazarbayev a reprimir manifestantes na Bielorrússia e Cazaquistão, respectivamente, a detenção/assassinato de opositores políticos e a manipulação do referendo do Brexit e das presidenciais dos EUA em 2016. Todas estas atitudes repressivas e belicistas levaram a que fosse fácil tratar a pseudo-democracia russa como uma ditadura.  O estabelecimento do BRICS e da Organização do Tratado de Xangai constituíram uma ameaça séria ao mundo unipolar pós-colapso soviético liderado pelos EUA e apoiado pelos "yes men" da UE, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Israel e o seu bloco militar NAT